"Destino"
"Irmão navegante,
a sereia que procuras - teu destino,
um dia,
saída em choro do teu sangue,
podes tê-la
música na onda em que ressurja o brilho do luar
e onde na água do escuro haja uma estrela!"
Edmundo Bettencourt
Este poema, sobre o destino chegou ás mãos de um amigo meu, o Mário, que o partilhou comigo.
1 comentário:
Respondo-te com um poema de um poeta já falecido e desconhecido:
Se eu metafisicamente falasse de mim próprio
Todos diriam que eu era uma mancha de sangue
Projectada numa parede branca
Ou outra que o valha mas não exangue
Por falar nisso deixa-me rir
Hoje prefiro ser palhaço
E adormecer abraçado no teu regaço
Passa-me as mãos pelo cabelo
Diz-me que sou mau sou mentiroso
Mas começa também a olhar comigo
Inventemos um laço
E que uma rosa vermelha
Desenhada no tecto branco
Seja a nossa centelha
Seja o nosso longo pranto.
Tenhamos medo, choremos
A rosa cresce demais
E o tecto branco é vermelho
Tenhamos me do demais.
Alcino Casimiro
Diz tudo e nada...
Mar
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