sábado, abril 01, 2006

A life without shoes



Uma destas noites olhei as estrelas num olhar que identifico agora como o de um amigo cumplice. E como todas as vezes que as olho, senti-me vulneravel e principalmente senti-me temporal. Pensei nos que estiveram antes de mim, nos que estarão depois de mim, e nos comigo vivem contemporaneamente e eu nunca os senti perto de mim. Pergunto-me então, o que me torna diferente?
Compreendo então que realmente nada tenho que se exclusivamente meu de material, tudo para que trabalho e invisto o meu tempo, tudo o que abdico para "possuir" um dia se desvaneçe e subitamente deixa de ter sentido para mim. Como viajante acho q o que realmente transporto que seja verdadeiramente meu é o amor que senti, as texturas que toquei, os beijos que partilhei, os sabores que provei, os amigos com que ri, os sorrisos que vi...