terça-feira, setembro 02, 2008

A balada da estrada

Lancei-me à estrada com um companheiro em busca de ondas. Das melhores ondas da costa alentejana. Errei na equação, pois o resultado foi diferente. De ondas encontrei bastantes e boas, muitas vezes demasiado tenazes para a minha experiência. Da vida encontrei tudo, principalmente o lado selvagem. Encontrei a arte do improviso, o sabor da simplicidade de nada ter, o vento que acompanha os aventureiros da estrada. Re-encontrei paz e força para um novo ciclo.

Na estrada, facilmente sucumbimos a tentação de voltar para casa. Para os braços da nossa familia, para a comida quente, para uma cama grande e confortavel, para a eletricidade e àgua canalizada. Ai reside a eterna diferença entre o viajante e o turista. O viajante nunca deseja voltar a casa. Na estrada, libertamos a mente, os problemas, as dores e as perdas. Se assim for, estaremos preparados para uma vida diferente ao voltar a casa. Nos nossos olhos correrá esperança e calma, e nas nossas veias correrá vida e juventude.
E no fim, percebo que o surf foi apenas um pretexto.

(São Torpes em miniatura)

( Algures entre o céu e o inferno)


(Companheiros de ondas e vida)

(Odeceixe)

(" Los Locos" de Milfontes)