domingo, setembro 17, 2006

E o paraiso aqui ao lado...





A minha ultima semana, foi vivida num local que em descrição literaria daria espaço a muitas páginas, mas no meu intimo apenas gasto uma palavra com ele, paraíso.
Desde o momento em que adormeço ao som do mar ou toco guitarra para uma plateia de estrelas cadentes, encontro existencialmente uma ligação profunda com aquele local. Ainda sem esforço, quando fecho os olhos consigo sentir o cheiro dos pinheiros, ouvir o mar ao longe, sentir a areia deserta nos meus pés, o vento no meu cabelo, o silêncio a invadir todos os poros do meu ser e a banhar-me com a sua tranquilidade.
Mais do que retemperar energias para mais um inicio de ano lectivo, refiz as pazes com a mãe natureza pelos meses em que a minha futura profissão me obriga a adormecer sob as luzes da cidade, sem o som do mar, a plenitude de um céu estrelado ou um abraço ao por-do-sol.

domingo, setembro 10, 2006

O porto...


Não sei se foi uma escapadinha, ou se foi já uma viagem. Não perco tempo a classificar, apenas relembrarei a minha ida ao Porto. Hum...o Porto. Á distância de 3 horas de comboio e alguns euros por noite na pousada de juventude, pude sentir-me diferente dentro do meu próprio país. Pela sua configuração arquitectonica, pela sua misticidade própria e pela peculariedade das gentes do norte, visitar o porto é como uma daquelas noites de verão em que nos aventuramos sem perspectivas e acabamos por viver tudo muito intensa e rapidamente. É uma cidade de pequenos costumes e na minha perpectiva é unica pela atitude profundamente portuguesa, de "ir comer umas tripas ao pé da sé, ir beber um copo ali ás tasquinhas junto de campanhã, de ficar mirar no meio da rua as mulheres a insultar-se, etc..". Recomendo vivamente uma noite na pousada, não é nada cara, e tem uma vista linda para a foz. Na noite que la passei brindou-me com uma nevoa mistica e doce, que nos envolve em melancolia logo ao acordar. É uma perola da nossa cultura portuguesa.