Existem momentos que sinto que quero ir. Para onde? Pergunta-se a minha consciência. E a verdade é que nem eu sei. Sinto que quero dar uma oportunidade a mim próprio de viver outra vida, sob outra perspectiva. Parece que vivo nesta realidade à tempo demais. A verdade é que todos queremos viver vidas esplendorosas, ricas em aventuras e vivências inesqueciveis, mas também certamente é verdadeque apenas poucos são aqueles que as procuram.
Embora o choro de uma criança, o cheiro de terra molhada é igual quer aqui quer na china, é na forma como sentirei todas essas sensações que residirá a diferença. E é essa diferença que procuro avidamente...e com todas as minhas forças.
Penso bastante que no fim da vida, não terei nada de material para deixar aos meus filhos, mas aquilo que lhe posso dar com mais valor não é formado por atomos, mas sim de amor e ideais!
6 comentários:
Será que sabes o que é deitareste na tua cama à noite, pegares na bússula, e vê-la rodar...e rodar...e rodar... e rodar... nunca pára, e tu ficas: que se passa? para onde vou?
todos os caminhos do mundo se abrem à nossa frente. Todos! Mas tens um problema. É de noite. Está escuro. Olho em meu redor e vejos os países, os passos, as imagens, os sonhos a passarem por mim, tendo-me como passageira, mas parece que partem e se esquecem de mim...
Velho tudos os percursos que me deliciam. Uma lareira com o fogo bravo e escorregadio a fugir à lenha. Vejo uma velhota de cabelo muito branco, como a mais pura e recém nascida neve, enrrolado num coque e preso com ganchos finos e pretos, acolhida nos braços de lã de um xaile largo e amoroso, com as rugas de uma vida de ventos e olhares repletos da pureza da Natureza; vejo a pequena casinha com a história de uma vida, o sabor dela e o calor da lareira e do aconchego de ser avó; vejo os montes distantes e desejados, cobertos pelo vestido cristalino e puro da mais fria farinha, realçando a beleza da Senhora das Alturas das Montanhas; vejo o frio a corroer-me os ossos, a cogelar-me o sangue, e, depois a ser expulso pelo calor de um olhar de sol, por umas mãos que cuidam, pelos lábios que suspiram a vida e a minha razão de viver; vejo as árvores a rodearem-me aconlhendo-me como a filha abandona e a desdenharem-me como Belzebu vindo do profundo inferno; vejo e vejo...
a viagem passa-me entre os dedos, com a fúria do vento raivoso e impiedoso, e de repente....
Mar
pensando bem, chega a uma determinada altura da tua vida em que pensas "como seria a minha vida de outra forma?" "Como seria a minha vida se tivesse ido, voltado, feito, chorado ou beijado naquele preciso momento?" ao estar neste momento sentado a estudar , dou por mim a viajar completamente nas voltas que a minha vida em apenas 1 mes...como sao as coisas... é nestas alturas que sinto a mm vontade que tu, sinto necessidade de viver outra coisa que ainda nao sei o que é, mas que sei que preciso de a vivenciar para me sentir minimamente completo...a tal bussola que falas nao é mais do que nós fazemos da nossa vida, cabe-me a mim, a ti e a todos fazer com que essa bussola nos leve isso sim, a descobrir o que realmente somos e o que fazemos neste momento, neste mundo
um abraço*
Desaparecer desta vida e encaixar-me noutra...Deixar-me impressionar por novos estímulos...conhecer novas pessoas, outras mentalidades e outras compatibilidades! Fugir para me reencontrar! Viajar para nada perder...
É um bichinho que nos rói por dentro...Viajo muito pouco, mas sinto-me nervosa se permaneço durante muito tempo no mesmo sítio!Sei lá eu porque razão!!
A Diferença entre o vijar no pensamento e o viajar existencialmente é apenas uma linha muito tenue..
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