sexta-feira, dezembro 05, 2008


"Ainda finges que caminho ao teu lado, mas há muito que fiquei para trás. Desviei-me do nosso caminho pelas palavras que me ofereceste mas principalmente por aquelas que nunca me dirigeste. Percebe. O meu fardo é mais pesado do que o teu, carrego no ventre a solidão de quem nunca será mais do que uma sombra perdida no frio e na escuridão do ontem. Percebe. Morro um pouco todos os dias, que são em papel quimico a tudo semelhantes aos anteriores. Percebe. Não tenho mais nada para ti, que não te leve à loucura, ao choro, grito, raiva, odio e amor. Percebe."


Arthur Yadin, em "A fome da Liberdade Humana"

1 comentário:

Scarlett Farm disse...

As palavras precisam de um sentido nos lábios. Precisam de ser percebidas no contexto da alma. As palavras permanecem esfomeadas pela liberdade, contudo continuam a prender essa mesma liberdade enquanto não forem elevadas aos acordes suaves, agressivos, ternos, rancorosos, felizes ou tristes que possam advir do que realmente somos.


Há-des emprestar-me o livro ;P