quinta-feira, dezembro 21, 2006

Everest, o tecto do mundo


Não gosto de escrever sobre locais que nunca visitei, pois a essência do que escrevo baseia-se na minha percepção dos locais. No entanto neste post faço um excepção.
O monte Everest tenho 8850 metro de altura e é o ponto mais alto do mundo, o chamado "tecto do mundo". O seu cume foi conquistado a 28 de Maio de 1953 pelo Neo-Zelandês Edmund Hillary e o sherpa Tenzing Norgay. Antes da conquista já tinham sido realizadas várias expedições, que fracassaram.
Desde algum tempo, que o everest me assombra os sonhos e desejos. E o desejo de o escalar "inflama-se" recorrentemente como um sonho infantil numa idade já adulta. O que me fascina talves não seja escalar 8000 mil metros, mas o desafio pessoal inerente a tudo isto. Não se trata de vencer a natureza mãe, mas sim vencer-me a mim próprio, vencer os meus limites.
Um dia conheci um australiano no algarve, que andava a viajar pelo mundo, e no meio da conversa, confessei-lhe que um dos meus sonhos era escalar o Everest. Numa atitude meramente realista, disse-lhe que era algo dificil, dispendioso e que levaria muito tempo a reunir as condições. Ao qual ele respondeu com a sua calma propria da sua idade, "se é o teu desejo, fâ-lo! não imponhas tantas barreiras a ti próprio". A primeira reacção foi pensar que nem tudo é assim tão fácil, mas a verdade é que desde então tenho reflectido bastante sobre estas palavras. Acontece vulgarmente perante um desafio no dia-a-dia em que por vezes me impelo a algum conformismo, estas palavras me vêm a cabeça. Acho que embora as dificuldades sejam imensas (monetárias, logisticas,etc..) elas seram sempre uma gota de água num oceano se o desejo ardente de escalar se mantiver, e está bem presente...

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