domingo, janeiro 01, 2006

A vista da minha janela...


A minha janela, sempre foi um dos meus locais de infancia preferidos. Através dela o meu mundo contactava com o mundo lá fora. O tempo (unidade existencial) nunca pará, e produz no mundo mudanças que nem o próprio mundo se apercebe. Através da janela do meu quarto, pude ser um espectador assiduo das pequenas mudanças do mundo e da natureza. Vi chover de mil formas, vi o céu com formas e cores distintas, acordei com o sol vestido de diversas formas, vi crianças a brincarem, assisti a pessoas a beijarem-se, a pessoas a chorarem, em desespero, em felicidade..assisti de tudo e sempre através da minha janela.
Hoje ao fim da tarde, ao anoitecer, a minha janela brindou-me com um céu lindo, uma complexidade de cores que nem a mente mais criativa poderia imaginar ou reproduzir. A escuridão que abraça todos os pequenos promenores da minha vista, e que de um momento para o outro faz sobressair as luzes da encosta ao longe...
Havia algo de perfeito em toda esta harmonia, tão perfeito que me senti instintivamente impelido a partilhar este momento com alguem...

" Quando olhares por uma janela, não te foques no vidro, tenta ver a paisagem..."

6 comentários:

Anónimo disse...

pena não me xamar alguem.lol

Anónimo disse...

6:09 da matina...alguém no seu perfeito estado mental está acordado a essa hora?

Nella_Leitinho disse...

Sabes acho que uma janela tem dois lados, duas faces, talvez dois espelhos de duas realidades, pelas quais os meus sentimentos sofrem todo o tipo de mutações.
De um lado tenho o mundo, o meu recanto, o meu paraíso por vezes ameaçado. Tenho as minhas cores, a minha imaginação, os mundos de sonhos que me abstêm da crua realidade da vida que tanto me frustra. É a minha gruta, a minha casinha pequenina e aconchegada, com o cheiro de insenso de canela,...
E a outra face. A rua. Os montes de betão que contêm almas conformistas, ou não. Local de onde também vi chover, para onde chorei, local onde me recordo a correr e brincar os amigos, agoara desconhecidos, mas não posso por essa imagem demonstrar o "afecto", ou qualquer outro sentimento do género. Para mim simboliza uma prisão. A esta vida actual, ao meu recondido espaço, ao meu buraco de fuga ao mundo. Simboliza uma porta de saída de salvação que ainda não posso atravessar, as correntes que me prendem aos que sou e ao que ainda nbão posso ser,... enfim...

Anónimo disse...

Talvez por ser filha única tb aprendi a olhar mto pela minha janela. Aprendi a observar mto e a ver a beleza nas pekenas coisas. É talvez por isso gosto tanto de grandes cidades. É nelas k posso parar, passando como k despercebida, e construir uma janela só minha através da kal vejo pqkenos nadas k passam despercebidos...

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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